30 de janeiro, 2015

Arquitetura Brasileira é notícia na Colômbia

O portal especializado em assuntos econômicos, "Portafolio.co", do jornal "El Tiempo", da Colômbia, publicou, na última terça-feira (27), matéria da jornalista Gloria Helena Rey sobre o contexto atual de expansão da arquitetura brasileira e sobre o projeto Built by Brazil.

Leia a versão em Português:

Brasil exporta sua arquitetura

Arquitetura do país está baseada na popularidade de Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, vencedores do Prêmio Pritzker de prestígio, o Nobel da arquitetura mundial.

As construções futuristas monumentais que imprimiram uma arquitetura universal de Niemeyer ou as obras polêmicas de Mendes da Rocha como o Museu Brasileiro da Escultura (MUBE), projetado em um falso subsolo em São Paulo, tem sido um bom cartão de visita para a exportação da arquitetura brasileira por cinco anos e torna o Brasil um dos pioneiros da América Latina no setor.

Até agora, o gigante tem vendido projetos arquitetônicos, especialmente residencial (unifamiliares e multifamiliares) e de infra-estrutura, para países como Angola, Chile, Estados Unidos, Indonésia, Moçambique, Paraguai, Uruguai e, a partir deste ano, abrirá um escritório para arquitetura de negócios em Bogotá.

Na primeira fase, na Colômbia, o Brasil buscará parceiros para trabalhos conjuntos. Arquitetos colombianos e brasileiros que querem atuar no Brasil e na Colômbia, disse Francine Harumi e Emanuel Figueira, responsáveis pelo projeto.

A primeira missão prospectiva no mercado colombiano foi realizada no ano passado. Tudo começou com um levantamento preliminar sobre o potencial oferecido pelos serviços de arquitetura brasileiros e reuniões com várias organizações como a Proexport e a Associação Colombiana de arquitetos, entre outras.

Para Harumi e Figueira o potencial que há na Colômbia para a arquitetura de negócios é muito importante, pois "A Colômbia é a terceira maior economia da América Latina e foi o país com o maior crescimento econômico da região no primeiro semestre de 2014 e se esperava que a taxa de crescimento real chegasse a 4,8% no final de 2014".

Além disso, porque entre 2003 e 2008, a Colômbia teve um crescimento sustentado médio de 4,15%, o que lhe permitiu atingir uma taxa de 0,72 de desenvolvimento humano (IDH), considerado alto para os padrões da ONU.

"A Colômbia é hoje um dos principais destinos das exportações brasileiras em alguns segmentos, como máquinas e equipamentos, produtos para o lar e construção, cosméticos e alimentos e bebidas, entre outros", segundo Harumi e Figueira.

O Brasil também é o quarto maior parceiro comercial da Colômbia, representando 39,6% das exportações do setor de máquinas e equipamentos ao nosso país. No total as exportações brasileiras atingiram US $ 2,182 milhões entre janeiro e novembro de 2014.

O investimento público no país está focado em infraestrutura, principalmente em estradas ainda precárias que ligam a costa litorânea à cidade de Bogotá e que exigem grande investimento em sua reforma e ampliação.

Diante do exposto, estima-se, portanto, que haja boas perspectivas de negócios no setor de arquitetura entre Brasil e Colômbia a partir deste ano.

Velha história

A participação da arquitetura brasileira no cenário mundial é de longa data. Com Niemeyer, por exemplo, o Brasil interveio na construção da sede da ONU, em Nova York (1949-1950), onde o design final resultou de uma proposta do arquiteto brasileiro e suíço-francês Le Corbusier. Também na construção da sede do Partido Comunista Francês, em Paris (1967-1981) e do Museu da Memória em Chile (2008-2009), entre muitos outros projetos.

Para exportar sua arquitetura nesta nova fase, o Brasil teve em conta precisamente o prestígio global de Niemeyer e outros grandes nomes como Mendes da Rocha e Lucio Costa, com a importância da indústria da construção civil brasileira em geração emprego, renda e participação significativa no Produto interno Bruto nacional (PIB).

Além disso, é de se considerar o peso no Mundo do Brasil pois o país  tem 10 por cento dos mais de um milhão de membros da União Internacional de Arquitetos (UIA) e ocupa a quarta posição, depois dos Estados Unidos, Itália e Japão e Alemanha .

Por isso, se idealizou o Projeto Built by Brazil, uma iniciativa público-privada, apoiada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos Apex-Brasil e da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura do Brasil (AsBEA) respectivamente.

A Apex-Brasil promove, entre outras coisas, o comércio de bens, serviços, a competitividade das empresas brasileiras em sua internacionalização e a marca Brasil no exterior e a AsBEA reúne, por sua vez, mais de 300 empresas da arquitetura brasileira e foi fundada há 42 anos para representar e defender os interesses dos escritórios.

Mas agora, as duas entidades são "Built by Brazil", projeto que tem como objetivo "promover a arquitetura brasileira contemporânea, sem esquecer o legado de arquitetos modernistas, e aumentar as exportações das empresas de arquitetos preparando-as para se internacionalizar,  como também capacitar aquelas que ainda não estão preparadas e torná-las mais competitivas", diz Harumi APEX.

Ninguém sabe a quantidade exata de dinheiro que movimenta atualmente a exportação da arquitetura brasileira por ano, devido à desagregação das estatísticas relacionadas com o comércio internacional deste serviço. Mas Harumi menciona que em 2013, "O Brasil estava entre os cinco maiores exportadores de arquitetura, engenharia e outros serviços técnicos relacionados com a construção, avaliada pelo Centro Internacional para o Comércio", ITC, por sua sigla em Inglês. Ela lembra também que, no mesmo ano, as exportações brasileiras neste setor foram responsáveis por cerca de 22,5% do total das exportações de serviços, de acordo com dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior do Brasil.

 

Gloria Helena Rey

Leia o texto na ítegra.

Brasil exporta su arquitectura

Se apoya en el renombre de Oscar Niemeyer y Paulo Mendes da Rocha, ganadores del prestigioso premio Pritzker, el nobel de la arquitectura mundial.

Las monumentales construcciones futuristas que le imprimieron un sello universal a la arquitectura de Niemeyer o las polémicas obras de Mendes da Rocha como el Museo brasileño de arquitectura (MUBE), proyectado en un falso subsuelo en Sao Paulo, han sido una buena tarjeta de presentación para exportar la arquitectura brasileña desde hace cinco años y convertir a Brasil en uno de los pioneros de América Latina en el sector.

Hasta ahora, el gigante ha vendido proyectos de arquitectura, especialmente residenciales (unifamiliares y multifamiliares) y de infraestructura a países como Angola, Chile, Estados Unidos, Indonesia, Mozambique, Paraguay, Uruguay y, a partir de este año, abrirá una oficina para negocios de arquitectura en Bogotá.

En la primera fase en Colombia, Brasil buscará socios para trabajar en conjunto. Arquitectos colombianos y brasileños que quieran actuar tanto en Brasil como en Colombia, dijeron a Portafolio Francine Harumi y Emanuel Figueira, encargados del proyecto.

La primera misión prospectiva en el mercado colombiano se hizo a finales del año pasado. Comenzó con un levantamiento primario sobre las potencialidades que ofrece a los servicios arquitectónicos brasileños y se realizaron reuniones con varias entidades como Proexport y la Asociación colombiana de arquitectos, entre muchas otras.

Para Harumi y Figueira el potencial que hay en Colombia para negocios de arquitectura es muy importante pues "Colombia es la tercera mayor economía de América Latina y fue el país que registró el mayor crecimiento económico de la región en el primer semestre de 2014 y se esperaba que la tasa de crecimiento real llegara al 4,8 % al finalizar el 2014".

Además, porque entre el 2003 y 2008 Colombia tuvo una tasa media de crecimiento sostenido del 4,15%, que le permitió alcanzar un índice del 0.72 de desarrollo humano (IDH), considerado alto para los patrones de la ONU.

"Colombia también es hoy uno de los principales destinos de las exportaciones brasileñas en algunos segmentos como máquinas y equipos, productos de casa y de construcción, cosméticos y alimentos y bebidas, entre otros", señalaron Harumi y Figueira.

Brasil es, además, el cuarto mayor socio comercial de Colombia, concentrando el 39,6% de sus exportaciones en el sector de máquinas y equipos y las exportaciones brasileñas a nuestro país alcanzaron los US$2.182 millones de dólares entre enero y noviembre de 2014.

La inversión pública del país se focaliza en infraestructura, principalmente en carreteras y aún tenemos vías precarias que comunican el litoral con Bogotá, que requieren de gran inversión en su reforma y ampliación.

Por todo lo anterior, se estima, por lo tanto, que existen muy buenas perspectivas para negocios de arquitectura entre Brasil y Colombia a partir de este año.

VIEJA HISTORIA

La participación de la arquitectura brasileña en el escenario mundial es de vieja data. Con Niemeyer, por ejemplo, Brasil intervino en la construcción de la sede de Naciones Unidas en Nueva York (1949-1950), donde el diseño final resultó de una propuesta del brasileño y del arquitecto suizo- francés Le Corbusier. También en la construcción de la sede del Partido Comunista Francés en Paris (1967-1981) y del Museo de la Memoria en Chile (2008-2009), entre muchos otros proyectos.

Para exportar su arquitectura en esta nueva etapa, Brasil tuvo en cuenta, precisamente, el prestigio mundial de Niemeyer y de otros grandes como Mendes da Rocha y Lucio Costa, al igual que la importancia de la industria de la construcción civil brasileña en la generación de empleo, renta y su relevante participación en el en el Producto Interno Bruto (PIB) nacional.

Igualmente, consideró el peso en el mundo de Brasil pues cuenta con el 10 por ciento de los más de un millón de arquitectos afiliados a la Unión Internacional de Arquitectos (UIA) y ocupa el cuarto lugar después de Estados Unidos, Italia y Japón y Alemania.

Por eso, ideó el proyecto Built by Brazil, una iniciativa público-privada, apoyada por la Agencia brasileña de promoción de exportaciones e inversiones (APEX por sus siglas en portugués) y la Asociación de oficinas de arquitectura de Brasil (AsBEAS), respectivamente.

APEX promueve, entre muchas otras cosas, el comercio de productos, servicios, la competitividad de las empresas brasileñas en sus procesos de internacionalización y la marca Brasil en el exterior y la AsBEAS, por sus siglas en portugués, reúne, por su parte, a más de 300 empresas de arquitectura brasileñas y fue fundad hace 42 años para representar y defender los intereses del gremio.

Pero ahora, las dos entidades son "Built by Brazil", que tiene por objetivo "promover la arquitectura brasileña contemporánea, sin olvidar el legado dejado por los arquitectos modernistas, y aumentar las exportaciones de las empresas de arquitectos preparadas para internacionalizarse, al igual que capacitar a las que aún no lo están y quieren internacionalizarse y volverse más competitivas", explica Harumi de APEX.

No se sabe con exactitud el volumen de dinero que mueve actualmente la exportación de la arquitectura brasileña al año, debido a la desagregación de las estadísticas relacionadas con el comercio internacional de este servicio pero Harumi menciona que en 2013. "Brasil estuvo entre los cinco mayores exportadores mundiales de servicios de arquitectura, ingeniería y otros servicios técnicos relacionados con la construcción, según la evaluación del Centro Internacional de Comercio", ITC, por sus siglas en inglés. Recuerda también que en ese mismo año las exportaciones brasileñas en ese sector representaron cerca del 22,5% del total de las exportaciones de servicios, según cifras del Ministerio brasileño de Industria y Comercio Exterior.

Gloria Helena Rey

Especial para Portafolio

 

http://www.portafolio.co/internacional/exportacion-arquitectura-brasil

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