Com participação dos sócios Sergio Myssior e Thiago Metzker, o associado Built by Brazil, Grupo Myr, esteve presente para participar de painéis, debates e realizar a cobertura do evento para o jornal O Tempo.
Acompanhe abaixo em todos os detalhes conforme publicado no site do Grupo Myr:
COP 29 é encerrada com acordo de 300 bilhões de dólares/ano, e abre jornada de desafios para evento em 2025 no Brasil
Depois de dois dias de prorrogação, reveses e a ameaça de saída pelos países em desenvolvimento da mesa de negociações, terminou na manhã deste domingo (24), em Baku, no Azerbaijão, a 29ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP 29), com um acordo de apoio, na chamada Nova Meta Quantificada Coletiva (NCGQ), de 300 bilhões de dólares por ano até 2035. O Acordo de Paris define que estes recursos devem ser disponibilizados pelos países desenvolvidos às nações em desenvolvimento, muito embora a demanda apresentada tenha sido de 1,3 trilhão de dólares para conseguirem se adaptar às consequências das mudanças climáticas.
Na nossa visão, os recursos anunciados na COP 29 são insuficientes para subsidiar o enfrentamento, pelos países mais pobres, das mudanças climáticas. Afinal, foram os países desenvolvidos (e ainda são) aqueles que mais contribuíram para as emissões desde a revolução industrial.
Baku ainda joga sobre o Brasil a missão de ampliar significativamente os recursos, ao anunciar, neste domingo, o Baku Finance Goal (BFG), roteiro de Baku a Belém para 1,3 trilhão de dólares, um novo compromisso a ser conquistado na COP 30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.
Essa é uma meta real a ser perseguida, afinal, os países em desenvolvimento apresentaram que as necessidades orçadas em suas NDCs (Contribuições Nacionais Determinadas) estão estimadas em 5,1 a 6,8 trilhões de dólares até 2030, ou seja, este seria o montante necessário para colocar em prática todas as ações de adaptação, mitigação e transição justa para o enfrentamento das mudanças climáticas que já atingem o planeta.
Neste cenário, seriam necessários entre 455 e 584 bilhões de dólares/ano, bem acima dos 300 bilhões de dólares anunciados neste domingo. Os próprios negociadores expressaram no texto final do acordo uma preocupação com o fosso entre o financiamento climático, os fluxos e necessidades, especialmente para adaptação nos países em desenvolvimento?.
António Guterres, secretário-geral da ONU, disse que esperava um resultado mais ambicioso, afirmando que, ainda assim, o acordo final promove uma base sobre a qual é possível construir. Para ele, era fundamental que a conferência entregasse algum resultado, para manter viva a meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5° C. As nações mais vulneráveis ao caos climático consideraram o acordo uma ofensa, alegando que ele não forneceu o volume necessário de recursos.
O resultado tem um gosto amargo para um encontro que tinha como foco principal o financiamento climático. E ainda levanta dúvidas em relação à capacidade decisória estabelecida pela ONU e ao verdadeiro compromisso global dos países desenvolvidos.
Acompanhe a notícia na íntegra no site do associado Grupo MYR:
O Grupo Myr é especializado em soluções ESG de classe mundial e está comprometido em apoiar essa transição para cidades de baixo carbono, assim como na jornada de descarbonização nas empresas.
Siga suas redes sociais e fique por dentro das grandes discussões mundiais: LinkedIn, Instagram, Facebook, YouTube e Spotify.